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Coleção de Bromeliáceas

A família Bromeliaceae é constituída por cerca de 3 300 espécies, distribuídas por 8 subfamílias e 52 géneros botânicos, sendo quase todas nativas da América Tropical.

Coleção de Bromeliáceas

A diversidade das Bromélias, plantas de terra e ar

As Bromélias possuem uma enorme diversidade de espécies e uma capacidade de adaptação aos mais diversos ambientes, quer seja nos desertos quentes do Chile, nas florestas tropicais do Brasil, em planícies ou em montanhas que atingem 4000 metros de altitude.

 

Há espécies terrestres, com raízes bem desenvolvidas, capazes de absorver água e nutrientes, e aéreas, que podemos ver crescer em troncos de árvores, arbustos, catos, rochas, telhados ou até mesmo em fios de eletricidade.

Entre espécies, mudam as folhas e frutos

As espécies pertencentes a géneros da subfamília Bromelioideae, distinguem-se pelas suas folhas de margens dentadas e sementes que amadurecem em frutos semelhantes a bagas doces e pegajosas, sendo refeição de muitas aves. 

Por outro lado, espécies pertencentes a géneros da subfamília Tillandsioideae, têm folhas de margens lisas, e frutos que se assemelham a cápsulas secas. Estas cápsulas alojam, no seu interior, sementes com apêndices plumosos, que as ajudam na dispersão, através do vento.

Os géneros com maior importância económica são Ananas, que inclui o ananaseiro, e Tillandsia, conhecido pelas suas espécies epífitas, como o musgo-espanhol.

Entre espécies, mudam as folhas e frutos

Uma roseta de folhas como traço comum

A morfologia das folhas, flores e frutos é, geralmente, comum dentro da mesma subfamília ou género botânico, e é o principal fator no reconhecimento das diferentes espécies.

Todas as bromélias têm em comum o arranjo em espiral das folhas. Designado por alguns como uma "roseta de folhas”, a coloração da folhagem pode ser verde, prateada, avermelhada, rosa ou matizada.

Uma roseta de folhas como traço comum

A Coleção de Bromélias em números

  • Famílias

    1

    Famílias

  • Géneros

    14

    Géneros

  • Espécies

    48

    Espécies

  • Subespécies

    0

    Subespécies

  • Variedades

    4

    Variedades

  • Cultivares

    41

    Cultivares

O Jardim das Bromélias no Parque Terra Nostra

Em 2011, dá-se início à Coleção de Bromeliáceas no Parque Terra Nostra.

Com cerca de metade das espécies pertencentes ao género Tillandsia, é uma coleção que encanta durante todo o ano, e que está no seu auge entre junho e outubro.

Nesta área, podemos encontrar os Castanheiros e vários Tils, espécie endémica da floresta Laurissilva que, se faz notar pelas suas proeminentes raízes expostas, que formam um reticulado invulgar.

O ananás na história dos Açores

A família das Bromélias também inclui uma planta que se associa, frequentemente, aos Açores – o ananaseiro, embora seja uma planta exótica, nativa da América do Sul.

Durante o século XVII, o ananás foi introduzido na Europa e cultivado em estufas aquecidas. Nesta altura, este fruto era considerado um símbolo de luxo e só era consumido em festividades.

Na ilha de São Miguel, foi José Bensaude quem deu início ao cultivo do ananás para fins comerciais, em meados do século XIX, ao desenvolver os primeiros ensaios agrícolas com esta espécie. Em 1864, fez a primeira exportação de ananases para o mercado inglês, fazendo os frutos chegar ao seu correspondente comercial inglês, com destino à mesa da rainha Victoria.



  • Sabia que...

    O ananás contém propriedades digestivas?

    Para além do ananás ser um fruto rico em fibras, o que auxilia na digestão, este fruto contém uma enzima digestiva, a bromelaína, que ajuda o sistema digestivo a quebrar e a absorver as proteínas dos alimentos consumidos. Esta enzima pode ser extraída de toda a planta, embora o caule seja a origem mais comum para a extração com fins comerciais, visto que fica imediatamente disponível após a colheita dos frutos.

     

    A Puya raimondii é a maior bromélia do mundo?

    A puya "Rainha dos Andes” (Puya raimondii) é uma bromélia gigante, muito rara, que habita nos Andes, as altas montanhas da Bolívia e do Peru. As suas folhas semelhantes a yucas (Yucca sp.) medem normalmente cerca de 3 a 4 metros de comprimento. Quando esta espécie floresce consegue atingir aproximadamente 10 a 12 metros de altura, e até 2,4 metros de diâmetro. Alguns dos maiores indivíduos podem produzir inflorescências de 15 metros de altura, que chegam a produzir 8000 pequenas flores brancas.

     

    As Bromélias são pequenos ecossistemas?

    Algumas bromélias desenvolvem "rosetas” de folhas, de tal forma perfeitas que lhes permitem armazenar água da chuva e utilizá-la, posteriormente, em condições adversas. Estes pequenos reservatórios de água transformam-se em micro ecossistemas. É aqui que outras plantas, bactérias e fungos acabam por crescer, e espécies animais como os anfíbios e os insetos encontram água, alimentos provenientes de restos vegetais e animais mortos, que permanecem na roseta de folhas, assim como o esconderijo perfeito para se protegerem de outros predadores e acasalarem.

     

    Os tricomas assumem diversas funções?

    Os tricomas, para além da capacidade de absorver água e nutrientes da chuva e das poeiras existentes no ar, também ajudam a reter a água nas folhas, e a protegê-las contra o excesso de incidência de luz, em condições em que as plantas estão demasiado expostas à radiação solar. Quanto mais revestidas estão as folhas de tricomas, mais acinzentadas se tornam, uma caraterística muito comum em espécies pertencentes ao género Tillandsia, como por exemplo a espécie Tillandsia usneoides que, por ter uma aparência muito semelhante a um musgo, ou a um líquen, e por crescer naturalmente em troncos de árvores, foi apelidada de "Musgo Espanhol”.

No mapa do Parque Terra Nostra

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