Os
Fetos têm uma enorme resiliência?
Durante
os períodos geológicos Carbonífero e Permiano, entre cerca de 359 e 252 Ma, os
fetos viveram dias de prosperidade que perduraram até ao início do Triássico,
há 252 Ma, altura em que ocorreu a maior extinção da história na Terra, causada
pelo aquecimento global. Ainda assim, os fetos sobreviveram e continuaram a
proliferar no meio de novas dificuldades, como a necessidade de competir com
outras plantas que foram surgindo, as cicas e as coníferas. Estes grupos de
plantas dominaram a flora terrestre até ao final do Cretáceo, entre cerca de
145 e 66 Ma, quando ocorre uma nova extinção em massa, talvez a mais conhecida,
por ter causado a extinção dos dinossauros, mas, uma vez mais, os fetos
encontraram uma forma de resistir e de se adaptar às novas condições. Ainda
hoje, continuam a ser um dos maiores grupos de plantas existentes na Terra.
Os
Fetos são fósseis vivos?
É
inegável a semelhança encontrada em fetos fossilizados há milhões de anos atrás
com alguns fetos ainda existentes na atualidade. Registos fósseis de fetos do
género Psaronius, atualmente extinto, que viveram na parte final do período
Carbonífero, entre cerca de 359 e 299 Ma, demonstram o quão idênticos os atuais
fetos arbóreos, como o Cyathea medullaris, ou o Dicksonia antarctica, são
relativamente aos seus antepassados. Também do período Carbonífero surgem
registos fósseis com fetos da atual família Osmundaceae, a que pertencem
espécies como a Osmunda regalis, nativa dos Açores.
A
água é extremamente importante na reprodução dos fetos?
A
água é um elemento fundamental para que os fetos completem o seu ciclo
reprodutivo. É exclusivamente através da água que os anterozoides conseguem
chegar ao óvulo de forma a fecundá-lo. Já as plantas com flor e as coníferas
desenvolveram estruturas, como as flores e os cones, que podem utilizar a ajuda
do vento ou de insetos para completarem o seu ciclo reprodutivo. Esta é uma das
razões pela qual a existência da grande maioria dos fetos ocorre, nos trópicos,
em zonas mais húmidas e sombrias, onde a água está disponível durante todo o
ano.
Os
Fetos têm diversas utilidades?
Para
fins comerciais, a espécie Adiantum capillus-veneris (avenca-das-fontes) era
utilizada na produção de capilé, um xarope popular português do século XVIII, e
nas ilhas dos Açores, e a espécie Culcita macrocarpa (feto-do-cabelinho) era
utilizada para encher colchões.
O
feto Matteucia struthiopteris é uma espécie ornamental caraterística de
jardins, classificada com o Award of Garden Merit, pela Royal Horticultural
Society. Para além do seu valor ornamental, os seus rebentos jovens, nas zonas
rurais do nordeste dos Estados Unidos da América, e no Japão, são utilizados
para o consumo humano como uma iguaria, sendo que o seu sabor e textura são
similares aos dos espargos.